A comunidade do Jiu-Jitsu, no dia 7 de agosto de 2022, perdeu um dos seus maiores ídolos, o octacampeão mundial Leandro Lo. O faixa-preta, que colecionava inúmeros títulos e tinha acabado de conquistar mais uma medalha de ouro no Mundial da IBJJF, foi brutalmente assassinado durante um show de pagode em São Paulo.
Naquele dia trágico para o esporte brasileiro, uma referência tinha se despedido, mas o legado deixado, durante os 33 anos de vida, vão ficar marcados na eternidade. Não tem como falar de Jiu-Jitsu e não citar Leandro Lo. A mãe do multicampeão, Fátima Lo, conversou com a TATAME sobre esses dois anos de ausência do filho e destacou o tamanho do faixa-preta dentro do esporte.
“Eu sabia da força do Leandro no Jiu-Jitsu pelos títulos e carisma, mas não tinha essa dimensão. Vi o quão gigante ele é, o verdadeiro campeão do povo. Todo mundo tem uma história boa para falar dele, tem muito carinho por ele, todo dia alguém vem falar dele para mim, que ele continua inspirando. Eu sei que ele nunca será esquecido pelos seus feitos e, principalmente, pela pessoa incrível que ele era e o quanto que se dedicou para chegar onde chegou”, disse.
Neste período, a comunidade do Jiu-Jitsu também abraçou Fátima e toda a família. A mãe de Leandro Lo contou sobre esse carinho que recebe dos fãs do lutador nas redes sociais e até mesmo pessoalmente.
“A Comunidade do Jiu-Jitsu nos acolheu desde a ida do Leandro, sempre me confortando com mensagens e pedidos de justiça. Sinto que não estou sozinha. Esse apoio tem feito toda a diferença. Esse amor e carinho pelo Leandro têm sido repassados para nós, principalmente, para mim. Eu, como mãe, sou muito grata por tudo isso”, destacou Fátima.
Além dos títulos e feitos no tatame, Lo carregava uma história de superação. A lenda do esporte era fruto de um projeto social e o seu maior legado não poderia ser outro. Após a sua morte, a família e amigos próximos criaram o Instituto Leandro Lo, um trabalho para ensinar Jiu-Jitsu a crianças carentes. O projeto funciona na Vila Prudente, em São Paulo, de segunda a sexta-feira, com aulas no período da manhã e da tarde.
“O Instituto tem um ano, com cinquenta alunos. Um projeto voltado para crianças carentes e sabendo que podemos estar fazendo o bem na vida de tantas crianças e mostrando que o Jiu-Jitsu dá muitas oportunidades, ensinando o caminho do bem e levando o legado do Leandro. É muito gratificante. Aproveito para agradecer a todos envolvidos que estão fazendo tudo isso acontecer”, encerrou.
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